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ESCÂNDALO NA EDUCAÇÃO: ESCOLA DO SALOBRINHO É DENUNCIADA POR SERVIR COMIDA VENCIDA E COM LARVAS A ESTUDANTES

Ilhéus, 09 de maio de 2025

A crise na alimentação escolar da rede estadual de ensino na Bahia ganha novos contornos. Estudantes da Escola Estadual do Salobrinho, em Ilhéus, denunciaram que estão sendo servidos alimentos vencidos e com presença de larvas. A denúncia, feita à União Estadual dos e das Estudantes (UEES), ocorre apenas semanas após outro aluno da mesma escola revelar que pipoca estava sendo oferecida como almoço.

O caso do Salobrinho não é isolado. Em Itabuna, dezenas de alunos do CIEBTEC passaram mal após consumir frango estragado, sendo necessário atendimento médico emergencial. Já em Ilhéus, escolas como Arleo Barbosa e Moisés Bohana enfrentaram, recentemente, dias sem nenhuma merenda ou com a merenda reduzida, o que forçou a redução da carga horária das aulas. A situação parece ter sido parcialmente resolvida, mas não de forma definitiva. Outras cidades do sul baiano, como Itacaré e Canavieiras, também apresentaram problemas com a qualidade e a disponibilidade da alimentação escolar que contemple o direito dos estudantes de uma alimentação saudável e completa.

As denúncias foram feitas por estudantes diretamente afetados e chegaram à UEES, entidade estudantil que representa a juventude dentro e fora do estado. Muitos desses alunos afirmam estar sendo intimidados após tornarem os casos públicos. Há relatos de ameaças de suspensão, convocação de pais sob pretextos administrativos e constrangimentos com o objetivo de silenciar os denunciantes.

A situação expõe mais uma crise na gestão do Núcleo Territorial de Educação (NTE 05), comandado por Larissa Costa e responsável pelas escolas estaduais em 26 municípios da região. O NTE tem sido alvo de constantes críticas de estudantes e professores. Além da precariedade na merenda, a instituição também se vê envolvida em denúncias graves que incluem perseguições políticas e exonerações arbitrárias de servidores que ousam denunciar os abusos.

Recentemente, o ex-diretor Delionísio Nobre foi citado em denúncias de assédio, contribuindo para o acúmulo de escândalos envolvendo o NTE. A UEES também recebeu relatos de pressão psicológica, racismo, homofobia e violência institucional contra alunos e servidores dentro das unidades escolares da região.

Estudantes que integram colegiados escolares afirmam que, segundo os próprios gestores das escolas, o repasse de recursos para a merenda ainda não havia sido feito em 2025, o que pode explicar parte da crise, embora até o momento não haja confirmação oficial sobre a regularização dos recursos.

A UEES exige uma apuração urgente por parte do Governo do Estado da Bahia, além de garantias de proteção e liberdade para os estudantes que denunciam os abusos. A educação pública deve ser espaço de acolhimento e dignidade, e não de medo e violações de direitos.

Assessoria de Comunicação – UEES
União Estadual dos e das Estudantes da Bahia

Danilo

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